Elo é um substantivo masculino que significa, entre outros sentidos, ligação, união, continuação. Com a criação do projeto “Elos – Uma História Sem Fim…”, o setor de Comunicação Social vai interagir diretamente com, beneficiários, colaboradores e que aqui circulam.
Mas não é só isso! O nosso setor vai em busca de ligações das pessoas com a ACADEF. De que forma nos unimos? Qual é a sua ligação com a ACADEF? Não o que você faz aqui, mas o que te marca aqui? Que marca você deixa aqui? Como você muda a vida das pessoas que por aqui passam?
Com objetivo de humanizar ainda mais a nossa instituição, assim como de proporcionar reflexões em cada pessoa que transitar por aqui, independentemente de quem for.
O dentro e fora da ACADEF estão ligados. E você? De que forma estabelece este elo?
A segunda Edição do Projeto Elos
É com Leticia de Souza
Assista ao vídeo no final da pagina.
Vida, superação e conquista
Com sorriso fácil, Letícia acorda cedo todos os dias para ir ao trabalho. Quem a vê tem uma certeza: a simpatia é a marca da moça.
A rotina é familiar como a de muitas pessoas, mas o fato é que no caminho, ela encontra barreiras. Dificuldades? Se existem ela as enfrenta.
Leticia nasceu com paralisia cerebral. Dos três aos 11 anos ela andou com auxilio de muletas. “Tenho saudade desta fase”, lembra. No primeiro dia, que caminhou com as muletas, a mãe dela, contente, chamou a família para assistir. Foi um momento de comemoração para ela e os familiares, que até hoje ela lembra com carinho.
Aos 11 anos era preciso usar cadeira de rodas. Ela recorda, que quando criança questionou a mãe perguntando por que o gato da vizinha andava e ela, não.
Na escola, Leticia sofreu preconceito. Mas apesar disto, tinha momentos bons, ao lado do irmão, que estudava na mesma instituição. Quando pequena, ela fugia da aula para brincar de massinha de modelar na turma de um dos três irmãos, na de Cristiano. Ela sempre pôde contar com o apoio da família, em especial, com a mãe, a qual considera uma guerreira, por toda a dedicação que tem.
“Eu precisava sair de casa, conhecer outras pessoas e fazer coisas sozinha”, afirma. A Acadef foi uma porta para isto, na vida de Letícia. Através de uma reportagem na televisão, ela conheceu a Associação. Na época, tinha em torno de 18 anos, entrou para o programa Integral de Capacitação (PIC). Porém, ficou afastada por três anos da instituição. Em 2006, retornou por causa de uma visita do projeto Cuidar.
Mais tarde, em 2007, ela começou a trabalhar na UniRitter, como auxiliar administrativo. No início foi um grande desafio, ela teria que passar por muitas outras barreiras. Mesmo assim, Letícia estava decidida a começar a vida profissional. “Os alunos foram aprendendo que tenho limites. Demoro a fazer algumas tarefas”, disse.
Ela passou a trabalhar no setor de apoio docente, o que representou mais um desafio a ser vencido.
Uma cadeira motorizada era o desejo dela, pois iria facilitar percursos. Então, começou a poupar dinheiro para adquirir o equipamento. Sabendo disso, uma colega de trabalho decidiu ajudá-la, com uma campanha para arrecadar dinheiro para a esperada compra. Alunos, professores e funcionários ajudaram e, em 45 dias, conseguiu.
Dificuldades no trânsito e preconceito não são os suficientes para impedir Letícia de realizar o que deseja. A conquista é diária e o sorriso também. Na família, nos amigos e na religião ela encontra apoio e carinho. Quando o assunto é vida, ela afirma: “Quero mais é viver”. Agora, o objetivo dela é trabalhar com Recursos Humanos, com pessoas com deficiência, que assim como ela, passam por dificuldades todos os dias.
Texto: Patrícia Martins
Produção: Comunicação Social e Informática
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